quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Capitulo Encerrado!


Se você veio até aqui para me visitar, lamento!
Este blog encerrou suas atividades.
Agora estou apenas aqui:

http://segundoblogdoricardo.blogspot.com

Será um prazer receber sua visita!
Ricardo

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Último boletim


Último boletim
Amigas e amigos leitores.
Em 2002, portanto, há dez anos, eu era coordenador do Laboratório de História do UNI-BH e surgiu a ideia de criar um boletim virtual para manter contato com os alunos e, principalmente, com os ex-alunos. O projeto inicial era o de trazer informações sobre concursos, mestrados, além de notícias que pudessem ajudar no trabalho docente. Durante dois anos, aproximadamente, este boletim passou a ser feito por mim, semanalmente.
Em 2004 eu me retirei da instituição e o boletim ficou um tempo sem ser publicado. Mas a insistência de vários ex-alunos para que eu retomasse a edição, me fizeram criar o Boletim Mineiro de História. Apesar de os leitores inicialmente serem os mesmos do antigo boletim, em breve centenas de outros leitores e leitoras apareceram. Houve um momento em que eu o enviava para quase mil pessoas, até no exterior! Tivemos leitores no Japão, no Canadá, nos Estados Unidos, na França, em Portugal, na Itália. Graças ao Orkut, o número se ampliou consideravelmente.
No entanto, hoje, publicados 350 números desta nova fase, estou encerrando a publicação do Boletim. Devo confessar que dá muito trabalho. Se contar as diversas horas que a procura de notícias, artigos e informações diariamente me tomam, eu diria que dois dias inteiros ficam por conta da feitura do Boletim. E estou precisando deste tempo para escrever. Temos uma nova coleção de didáticos e eu já estava com outros quatro projetos iniciados e que não pretendo deixar de lado. Então preciso de todo o tempo disponível para dar conta de tudo isso.
Além do mais, ultimamente tenho tido problemas com os blogs gratuitos. O serviço anda de mal a pior e vê-se que, veladamente, eles te oferecem melhor serviço... desde que você pague por isso. Me recuso, terminantemente! O resultado é que neste ano tive de deixar o blogger, passar para o wordpress, do qual não gostei muito, pois saia tudo publicado diferente do que eu havia editado. Mas era uma alternativa viável. Há cerca de um mês não consigo publicar nada lá, recebo sempre a mensagem de que está “concluído, mas contém erros na página”. Esses erros não são meus, são do wordpress. Então criei outro boletim no blogger e está funcionando.
Ai, tive uma surpresa desagradável: o blogger me informa quantos leitores abriram o conteúdo. E nos três últimos boletins o número me soou ridículo: 6, 7 e 6, respectivamente.
Convenhamos, é muito trabalho para um resultado tão sofrível.
Encerro, portanto. Agradeço a todos e todas que me acompanharam nessa década, que não foi perdida, claro! Agradeço principalmente àqueles que colaboraram escrevendo artigos ou enviando artigos de outros autores. Dois deles estiveram presentes em muitos números: o professor Antônio Moura e o jornalista José de Castro. Coincidentemente, este número final traz dois artigos, escritos por eles. Não vou nominar os que enviaram artigos, porque foram tantos que eu correria o risco de esquecer alguém. O que seria uma grande injustiça.
A todos, aviso que não vou desaparecer do mundo virtual. Continuo com meu blog mais pessoal, e espero que vocês apareçam por lá. Até hoje eu não tratava de política nele, mas agora vou colocar alguma coisa também, de vez em quando. Aos sábados, enviarei para todos os contatos do boletim uma relação do que foi postado na semana. Quem achar alguma coisa interessante, poderá visitar neste endereço aqui:
Um grande abraço a todos e todas!

ARTIGOS COMPLETOS

A história de uma dívida impagável
Texto escrito por José de Souza Castro:
O Portal da Transparência do Estado de Minas Gerais não informa o total da dívida do Estado com a União, mas revela que o governo Antonio Anastasia (PSDB) gastou nos primeiros nove meses deste ano R$ 1,59 bilhão com a amortização da dívida e mais R$ 1,70 bilhão com o pagamento de juros e encargos dessa dívida. Isso dá, em média, R$ 366,56 milhões por mês.
A primeira questão: por que o governo tucano mineiro esconde do público o valor atual da dívida contraída quando o governador Eduardo Azeredo se curvou às exigências do governo federal, que tinha à frente o também tucano Fernando Henrique Cardoso, para renegociar as dívidas do Estado que eram roladas diariamente no mercado financeiro?
A segunda questão: por que uma dívida que somava R$ 18,6 bilhões em 31 de dezembro de 1998, quando Azeredo deixou o governo porque não conseguiu se reeleger, mesmo usando recursos públicos na campanha eleitoral, chegou a um patamar tão alto que o atual governador julga prudente não revelar?
Quem quiser conhecer a história desse endividamento pode ler o livro de Durval Ângelo “O voo do tucano”, publicado em 1999 pela editora O Lutador, de Belo Horizonte. Está disponível em PDF na Internet, nos seguintes endereços:
Quando o então deputado petista Durval Ângelo fazia na Assembleia Legislativa oposição ao governo estadual, o presidente da Casa era Anderson Adauto (PMDB), que acaba de ser inocentado pelo Supremo no julgamento do chamado mensalão petista, enquanto o hoje deputado Eduardo Azeredo espera a vez de ser julgado pelo mensalão tucano. Adauto foi o autor do prefácio do livro, e escreveu, em 1999:
“No caso de Minas Gerais, o dispêndio com a administração da dívida era, em média, de R$ 8 milhões por mês. Hoje a amortização e os juros consomem mais de R$ 80 milhões mensalmente”.
Hoje, como vimos, ultrapassam os R$ 366,56 milhões por mês. E o governo garante que tem feito as amortizações rigorosamente em dia. É o milagre brasileiro da multiplicação dos pães.
Já que entramos nessa área milagrosa, outro trecho do livro escrito há 13 anos e que tem tudo para ter um interesse renovado: “O governo Azeredo encontrou uma dívida flutuante de R$ 903 milhões. Em dezembro de 1988, ela já era três vezes maior: R$ 3,3 bilhões”.
Terceira questão: como pode isso acontecer, se nesses quatro anos de governo Azeredo fez tudo que seu mestre mandava? Por exemplo, vendeu 33% das ações da Cemig a empresas estrangeiras que passaram, apesar de minoritárias, a comandar a estatal; e embolsou R$ 713 milhões com a venda do Bemge e do Credireal.
A resposta para isso se encontra no livro de Durval Ângelo. Sim, Durval – o candidato petista a prefeito de Contagem derrotado no último domingo por Carlin Moura, do PCdoB, apoiado pelo ex-prefeito e ex-governador Newton Cardoso (que se tornou nacionalmente famoso por sua honestidade em cargos públicos). E Anderson Adauto, atual prefeito de Uberaba, viu seu candidato à sucessão pelo PMDB, deputado federal Paulo Piau, vencer o candidato apoiado pelo senador tucano Aécio Neves, Antônio Lerin, do PSB. O derrotado Lerin disse que o adversário Piau comprou votos e vai entrar na Justiça para anular o resultado das eleições na cidade.
São as voltas que a história dá.

Mídia conservadora
 Francisco Fonseca, cientista social da Fundação Getúlio Vargas, em matéria de outubro de 2012 faz oportuna análise do comportamento político e econômico da grande mídia brasileira.  Um verdadeiro consenso forjado foi, paulatinamente, se formando entre órgãos da mídia, desde a chamada Nova República (1985) influenciando decisivamente a revisão do modelo econômico instalado desde 1930. (Le Monde Diplomatique, n. 63). A mídia privada opera em favor de interesses privatistas e contra o interesse geral, procurando se colocar ideologicamente, acima do bem público. Durante a ditadura, de 1964 a 1984, cerca de onze famílias passaram a controlar um grande número de meios e modalidades de comunicação, acarretando um conjunto de poderes que se opõe aos pressupostos teórico-filosóficos da democracia e do liberalismo democrático.
 A época neoliberal conservadora, de 1980 a 2008 tem nos órgãos da mídia o papel importante na preservação dos privilégios e vantagens das classes abastadas. A defesa de interesses privados, especialmente das classes médias e das detentoras do capital. O problema começa com o sistema de concessões de rádios e TVS que é controlado pelo Congresso Nacional, no qual muitos parlamentares são detentores de emissoras. Além disso, majoritariamente, a mídia brasileira é privada e comercial. Grande parte de emissoras comunitárias encontram-se em poder das religiões. As redes comerciais privadas, a mídia impressa e as emissoras comunitárias são direcionadas a públicos distintos e limitados e, portanto, têm visões parciais em contraste com a grande diversidade do país. Omitem informações e fatos importantes, ao mesmo tempo em que repetem exaustivamente os fatos coerentes com as ideologias afins. Exemplo marcante é a omissão das coberturas das mazelas do processo de privatizações durante os governos Collor e FHC. Outro exemplo é a não investigação, pela mídia, do escândalo da “emenda da reeleição” e do “Banestado”. Por outro lado, a trovoada sobre o episódio denominado “mensalão”.  A seletividade dos fatos veiculados é tendência política, ideológica e linha editorial da mídia brasileira desde 1940. Não foi a mídia conservadora que investigou e descobriu as falcatruas de José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal, pertencente ao DEM, em 2010. As investigaçõ0es jornalísticas também são seletivas. Jornais que estiveram na contramão dessas ideologias desapareceram ao serem perseguidos pela ditadura, a exemplo de Correio da Manhã, Brasil Urgente, O Binômio, Pasquim e Última Hora. 
 Para Fonseca, o conservadorismo político tem na mídia um ator político-ideológico que vem atuando de forma uníssona em favor do retrocesso político e social. Pressiona pela diminuição dos direitos sociais e da participação popular nas decisões públicas. A mídia privada brasileira age na contramão da democracia, pois esta deve ser garantidora de direitos individuais e coletivos. 
 Antonio de Paiva Moura – Belo Horizonte 

VALE A PENA LER

Um mapa das florestas (des)protegidas do Brasil
Instituto Chico Mendes reconhece: 23% da área de nossas 312 unidades de conservação está ocupada irregularmente. Órgão quer agir, mas ainda não tem os recursos necessários. Por André Borges, no EcoDebate

LEITURAS DA FOLHA
Bom dia... Vietnã?
Por Evandro Silva


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Numero 350


O número desta semana traz dois artigos na primeira parte. O primeiro comemora (no sentido de relembrar) o cinqüentenário da crise dos mísseis que quase levou o mundo à destruição. O segundo, mais atual, dá conta de um problema que toma vulto cada vez mais amplo desde que as novas tecnologias colocaram ao alcance de adolescentes e até de crianças possibilidades de comunicação antes restritas. No Canadá, uma garota de 15 anos cometeu suicídio depois de ter os seios expostos nas redes sociais e passar a ser perseguida pelos colegas.
Não é um problema do Canadá. Fiquei sabendo que em alguns colégios particulares de Belo Horizonte (e acredito que essa “moda” deve estar presente em outros estados) garotas usam seus celulares nos banheiros para tirar fotos dos seios e das vaginas e enviar para colegas, do mesmo e de outro sexo.
Fora esse aspecto, temos ainda os adolescentes e alguns adultos que não deixaram de ser crianças, digitando o tempo todo, não importa onde estejam, os seus recados no facebook, no twitter, esquecendo-se de que a vida real não é aquela, é aqui fora...
Talvez sejam perguntas de alguém que já está um tanto ou quanto idoso, mas o que será do mundo quando este bando de adolescentes sem limites se tornar um bando de adultos ocupando cargos importantes na economia e na política?
Sei não, estou torcendo para que o mundo acabe mesmo em 21 de dezembro. Acho que será a melhor coisa. Nem quando a Guerra Fria estava no auge, o futuro me assustava tanto quanto agora.


ARTIGOS COMPLETOS
Uma análise (e uma advertência) sobre a “Crise dos Mísseis” — que teve Cuba como pivô e quase levou EUA e União Soviética a provocarem a catástrofe nuclear
Por Antonio Martins
O episódio mais tenso da Guerra Fria e provavelmente a maior ameaça já vivida pela humanidade completará 50 anos, no próximo dia 28. Nas duas últimas semanas de outubro de 1962, Estados Unidos e a então União Soviética (URSS) estiveram muito próximos de deflagrarem, entre si, uma guerra atômica que teria arrasado boa parte do planeta.
Muitas análises serão publicadas a respeito do episódio, nos próximos dias — mas vale a pena ler com atenção uma delas, escrita pelo pensador norte-americano Noam Chomsky e recém-publicada (em inglês). Apoiado numa vasta análise de documentos secretos desclassificados, Chomsky sustenta entre outras coisas que:> No lado norte-americano, a crise foi manejada por um comitê extraordinário (o ExComm) formado na Casa Branca, sob presidência de John F. Kennedy. Boa parte de seus integrantes acreditava que a guerra total contra a URSS era inevitável. O próprio Kennedy avaliou, depois, que os riscos chegaram a ser de 50%. O secretário de Defesa, Robert McNamara, indagava-se, no momento mais tenso, se teria a chance de “viver outra noite de sábado”.
> Riquíssimo tanto na análise geral quanto nas minúcias, Chomsky descreve, por exemplo, os dois momentos mais tensos nas semanas decisivas. O mundo pode ter sido salvo, mostra o relato, pela frieza do capitão de submarino nuclear soviético Vasili Akhipov, em 27 de outubro. Ou, um dia antes, pelo major Don Clawson, piloto de bombardeiro B-52 norte-americano armado de ogivas atômicas. “Tivemos muita sorte por não explodir o mundo”, diria ele depois.
> As raízes da crise estão na tentativa de invasão de Cuba por mercenários treinados pela CIA, em 1961. Mais ou menos à mesma época, na escalada de ameaças da Guerra Fria, os EUA instalaram mísseis nucleares, dirigidos contra a URSS, na Grã-Bretanha, Itália e Turquia. Em resposta, e com autorização de Havana, Moscou instalou na ilha mísseis nucleares apontados para os Estados Unidos. Washington considerou o fato inaceitável.
> O conflito ocorreu no momento em que poder global norte-americano estava no auge. Ao final de duas semanas, durante as quais um mero acidente poderia ter desencadeado a catástrofe nuclear. Moscou cedeu. O líder soviético, Nikita Kruschev, anunciou publicamente a retirada dos mísseis de Cuba. Os EUA aceitaram, como contrapartida secreta, retirar foguetes da Turquia. Mas não o admitiram de modo aberto e se tratava, de qualquer forma, de armas obsoletas, prestes a serem substituídas. A atitude de URSS enfureceu a liderança cubana. Durante todo o tempo que duraram as negociações, extremamente tensas, Washington rejeitou qualquer acordo que significasse sua sujeição ao direito internacional. Buscava (e alcançou, à época), estabelecer-se como um poder supremo, livre de qualquer outro controle.

> Chomsky lembra que a ameaça de catástrofes nucleares permanece aberta, mesmo após o fim da Guerra Fria. Muito mais países desenvolveram capacidade e arsenais atômicos. Índia e Paquistão estiveram à beira de um conflito. Os EUA insistem em manter Israel como única potência nuclear do Oriente Médio. Chomsky tem feito constantes advertências sobre os riscos persistentes de um conflito atômico (no vídeo acima, uma conferência a respeito do tema em Nova York, em 2011). O artigo sobre a Crise dos Mísseis termina com uma citação de Albert Einstein e Bertrand Russel. Dez anos antes da crise, eles haviam advertido que a humanidade está diante de um dilema “cru, terrível e inescapável: vamos acabar com a espécie humana, ou seremos capazes de renunciar à guerra”?

Suicídio de menina de 15 anos cria debate sobre ciberbullying no Canadá
Em vídeo, Amanda Todd disse ter sido vítima de uma campanha de perseguição e intimidações pela internet após publicação de fotos de topless
A história trágica de uma adolescente canadense que se suicidou após ser vítima de uma campanha de perseguição e intimidações pela internet está causando comoção nacional e internacional - e já motivou o Parlamento do Canadá a abrir um debate sobre como lidar com o problema, conhecido como ciberbullying.
Amanda Todd, de 15 anos, teria começado a ser vítima de bullying aos 12 anos, segundo seu relato, depois de ter sido convencida a mostrar os seios para uma pessoa com quem conversava na Internet.
Uma página do Facebook foi criada para expor a foto da menina de topless e a imagem foi distribuída para seus colegas de escola. Amanda mudou de casa e de escola, mas o assédio continuou pela internet, o que a teria levado a se enforcar na semana passada.
Vídeo no YouTube
No dia 7 de setembro, a adolescente publicou no YouTube um vídeo no qual relata o bullying e a depressão resultante da perseguição dos colegas. Na gravação de nove minutos, que já foi vista por milhões de pessoas, o rosto de Amanda não aparece.

A adolescente também não fala, mas conta sua história com uma sequência de mensagens escritas em pequenos cartazes, identificando-se no fim do vídeo. Ela diz que, por causa do bullying, mergulhou em uma depressão e começou a ter medo de sair de casa, buscando conforto em drogas, álcool e antidepressivos.
Também conta que bebeu água sanitária em uma tentativa anterior de suicídio após apanhar de uma menina na escola. Nem depois disso, no entanto, teria tido o apoio de colegas. Pelo contrário, segundo ela relata em seu vídeo, na ocasião, teria recebido mensagens pela internet de ódio incentivando seu suicídio. "Todo dia penso por que ainda estou aqui'", a menina escreveu. "Não tenho ninguém. Preciso de alguém."
O vídeo termina com uma imagem dos braços de Amanda repletos de cortes. No fim do vídeo, ela também explica que não fez a gravação porque queria atenção, mas para ser uma "inspiração" para outros adolescentes.
Comoção
Amanda vivia em Port Coquitlam, em British Columbia, mas a notícia de sua morte causou comoção em todo o Canadá e também em outros países - principalmente nos Estados Unidos.
Os parentes da menina criaram uma página do Facebook em homenagem a ela que já foi "curtida" por mais de 800 mil pessoas. Sua família recebeu centenas de mensagens de apoio - embora mensagens ofensivas também tenham aparecido na internet.
Manifestações e vigílias estão sendo organizadas no Canadá e em algumas cidades dos EUA para lembrar o drama de Amanda e pedir políticas contra o bullying mais firmes.
No Parlamento canadense, deputados pretendem aprovar uma moção que abra espaço para uma estratégia nacional para impedir o bullying. Segundo a emissora CTV, o projeto, proposto pelo deputado Dany Morin, criaria um comitê multipartidário para avaliar o problema.
Mas o pai de Amanda disse à emissora que o país precisa de "mais ação" e não de mais estudos sobre cyberbullying. Alguns especialistas defendem a criminalização do bullying pela internet no Canadá e mais empenho em identificar os responsáveis por esse tipo de assédio.
Investigações
A polícia canadense continua a investigar as circunstâncias que levaram ao suicídio de Amanda e diz ter recebido "mais de 400 pistas" de pessoas querendo contribuir com as investigações.
De 20 a 25 policiais foram destacados para o caso em uma tentativa de mostrar que ele realmente está sendo levado a sério.
O objetivo da investigação seria identificar aqueles que tiveram algum contato com Amanda "antes de ela tomar sua trágica decisão", nas palavras do porta-voz da polícia local, o sargento Peter Thiessen.

VALE A PENA LER



Era de Hobsbawm
Antropólogo homenageia historiador recém-falecido e comenta sua importância para os estudos sobre trabalhadores e camponeses.
Por: José Sergio Leite Lopes

 Voto-desalento
JOSÉ DE SOUZA MARTINS
A indicação de que cresceu a proporção de votos nulos nessas eleições propõe, mais uma vez, a questão da compreensão do significado do antivoto ou do abandono do título eleitoral para expressar omissão e desinteresse político por uma eleição. Essas variantes do desalento político do eleitorado constituem, provavelmente, a mais interessante revelação da manifestação eleitoral recente, até mais que o rearranjo de posições partidárias que a votação válida indicou. O eleitor desalentado, em suas diferentes formas de manifestação, está indicando o declínio do homem político e da própria política... LEIA NA ÍNTEGRA: http://espacoacademico.wordpress.com/2012/10/20/voto-desalento/

Resistência negra: Um reino africano no Centro de Minas? - Parte 2
No início do século XVIII, surgiu mais ou menos na região centro-oeste da então Capitania de Minas Gerais, uma confederação de quilombos que, no conjunto, passou a ser conhecida como Quilombo do Rei Ambrósio, ou do Campo Grande.
Leia o artigo completo (inclusive a parte 1) no blog: http://antijornalismo.blogspot.com.br/


INFORMAÇÕES


No sábado (20), às 10 horas, o Mirante do Mangabeiras, um dos pontos turísticos de destaque de Belo Horizonte, foi reaberto para a população. O espaço foi revitalizado  e com a reforma, a área do Mirante de aproximadamente 35.400 m² foi toda cercada e dois decks de madeira, instalados, localizados em níveis diferentes, proporcionando ao visitante uma visão privilegiada da Capital e de seu belo horizonte. Considerado área de preservação ambiental, no Mirante do Mangabeiras , logo na entrada, o visitante encontra uma guarita, banheiros públicos e bebedouro. Uma rampa dá acesso ao primeiro deck e à praça principal com bancos, novo passeio, jardim e vagas de estacionamento para os que possuem mobilidade reduzida. Seguindo, o visitante chega ao segundo deck, com uma grande área gramada, plantas ornamentais e bancos, é um ambiente propício para a contemplação e convivência.
Há ainda um espaço de preservação onde estão sendo plantadas árvores nativas do Bioma, como gonçalo-alves e aroeira do sertão. Posteriormente, serão plantados ipê-amarelo e outras típicas da região. “No canteiro central, as árvores (flamboyant, pinheiro e palmeiras) também foram preservadas, sendo o jardim criado no entorno destas espécies”.
Aberto diariamente, das 10 às 22 horas (excepcionalmente, o horário pode ser alterado, conforme necessidade da Fundação de Parques Municipais).
Endereço: Rua Pedro José Pardo, 1000, bairro Mangabeiras.



ENSINO DE HISTÓRIA, ARTE E CULTURA AFRICANAS E
AFRO-BRASILEIRAS
para alunos e professores da educação básica

OFICINA
Renata Felinto : “Marcas de africanidade  na produção de artes visuais  brasileiras”. Dia 30 de Outubro de 09:00 – 11:00  (Valor R$5,00/pago no dia da oficina)
MESA 1 “Das leis às práticas: africanidade e cultura visual na educação escolar” Dia 30  de Outubro de 13:30 – 17:00 - FAFICH/Auditório Sônia Viegas (Letras)
 Pablo Lima (FAE/UFMG)
- “Da lei à escola: desafios e possibilidades do ensino de história  afro-brasileira”
Renata Felinto (UNESP)
 - "Marcas de africanidade na produção de artes visuais  brasileiras" .
Folashade Ogunlade (Nigéria, Residência artística na Owiwi /Galeria de Arte Afrikana- BH/MG)
- Influence on artistic creation and physical appearance  in present day  nigerian art”.
Vanicléia S. Santos (FAFICH/UFMG) - Coordenadora da mesa. 
MESA 2 “A estética africana e afro-brasileira e o ensino de  História” Dia 31 de Outubro de 13:30 – 17:00 - FAE/Sala de Teleconferência
 Pablo Lima (FAE/UFMG)
-“Artes e história afro-brasileira: pesquisa e ensino”. Renata Felinto (UNESP)
- "Criação visual e a herança estética africana“ .Folashade Ogunlade (Nigéria, Residência artística na Owiwi/ Galeria de Arte  Afrikana- BH/MG)
-“African Art and Critical Citzen”
Luiz Arnaut (FAFICH/UFMG)
-  “A importância do trabalho interdisciplinar no ensino de História  da África”.
Vanicléia S. Santos (FAFICH/UFMG) - Coordenadora da mesa.
ORGANIZADORAS:  Miriam Hermeto  e Vanicléia S. Santos
APOIO: PPGH/ FAE/ UFMG e Instituto de Arte e Cultura Yorùbá
Evento é gratuito.        Haverá certificado!           Inscreva-se!                Vagas limitadas.  http://www.historiadaafricaufmg.blogspot.com.br/





MATÉRIA CAFÉ HISTÓRIA: MUNDO LUSÓFONO NA REDE
Plataforma da Universidade de Coimbra promete promover a difusão e a agregação de conteúdos digitais de matriz lusófona na internet. [Leia mais]
MURAL DO HISTORIADOR: CHAMADAS DE ARTIGOS: ENSINO DE HISTÓRIA E OUTROS
O Conselho Editorial da Revista Em Tempos de História, publicação do corpo discente do Programa de Pós-Graduação em História da UnB, abre chamada de trabalhos inéditos para o dossiê temático Ensino da História. E não é só. A Revista História Oral também convoca pesquisadores que estudam o tema da Diversidade Étnica e Fontes Orais para publicação de artigos. [Leia mais]
CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS: UNICAMP COMEMORA FIM DA OLIMPÍADA DE HISTÓRIA
Evento contou com a participação de mais de 1200 estudantes de ensino médio e fundamental de todo o país. [Leia mais]
CINE HISTÓRIA: AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL
Chega aos cinemas brasileiros o filme "As Vantagens de ser invisível", baseado no festejado livro homônimo de Stephen Chbosky. Dirigido pelo próprio ator, o filme tem é uma comédia dramática e tem no elenco Emma Watson, a "Hermione" da saga Harry Potter. [Leia mais]
DOCUMENTO HISTÓRICO: TERCEIRO REICH
"Carteira de Trabalho" usada no Terceiro Reich (1933-1945). [Saiba mais]
CONTEÚDO DA SEMANA: ESCRAVO FUGIDO
Anúncio publicado no antigo "Estado de S.Paulo", no dia 20 de dezembro de 1877. Senhor tenta recuperar escravo fugido. [Leia mais]

Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Boletim 349
Publicamos hoje, na íntegra, a resposta da Anpuh à revista Veja, que fez comentários ridículos e mesquinhos sobre Hobsbawm. E há, ainda, um interessante texto, aliás, o primeiro ai embaixo.
Problemas técnicos com um wirelles péssimo impediram a colocação de imagens neste número.
Lamentamos o inconveniente.

ARTIGOS COMPLETOS
Afinal, quem escreve a História?
(Por Washington Novaes em 09/10/2012 na edição 715 do Observatório da Imprensa)
A morte, há poucos dias, do escritor mineiro Autran Dourado, aos 86 anos, traz de volta episódios e narrativas da História política brasileira das últimas décadas a respeito de acontecimentos que continuam a esperar a sua elucidação. Autor de livros importantes –como O Risco do Bordado, A Barca dos Homens, Ópera dos Mortos e Os Sinos da Agonia, entre outros –, ganhador do Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, e do Prêmio Camões, Autran teve também atuação política destacada, principalmente como secretário de Imprensa do presidente Juscelino Kubitschek. E é dessa época um episódio que ainda precisaria de uma versão definitiva e que ele narra em Gaiola Aberta – Tempos de JK e Schmidt, editado em 2000 (o poeta Augusto Frederico Schmidt foi das pessoas que mais influenciaram o então presidente).
Quando trabalhava na revista Visão, no final da década de 1960, o autor destas linhas ouviu do então jornalista, depois secretário de Estado e ministro do Tribunal de Contas fluminense Luiz Alberto Bahia episódio que explicaria a origem da famosa e repetida frase jusceliniana “Deus poupou-me do sentimento do medo”, que está inscrita em pedra, em Brasília. Segundo Bahia, a frase foi uma reação de JK ao veto de coronéis do Exército e da Aeronáutica, em manifesto, à candidatura de Juscelino à Presidência da República, em 1955. Juscelino, disse Bahia, foi logo cedo à redação do jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, em busca de apoio; sabia que estaria liquidado se não reagisse; e o jornal era, então, muito forte na área política.
Paulo Bittencourt, dono do jornal, aceitou desafiar o veto militar, mas condicionado a uma entrevista do próprio JK, que seria escrita (inclusive criando a frase que se tornaria famosa) por Álvaro Lins, expoente da crítica literária e editorialista do Correio. Juscelino teria lido o texto e concordado com tudo, mas pediu algumas horas de prazo para ir a Belo Horizonte e “ouvir nossos amigos de Minas”. A entrevista foi para a oficina do jornal e ficou pronta para ser impressa. Mas a confirmação de JK não vinha, passadas muitas horas. As informações obtidas em Belo Horizonte, por telefone, diziam que ele continuava a portas fechadas com a cúpula do PSD mineiro.
A frase que incomodava
Já era mais de 2 horas da madrugada quando Álvaro Lins entrou na sala, acordou Paulo Bittencourt e anunciou que JK liberara por telefone o texto – que teve enorme repercussão política e permitiu um movimento de repúdio ao veto militar. Bahia, entretanto, ao relembrar o episódio, dizia ter certeza que JK não respondera e Álvaro Lins é que assumira o risco e os possíveis ônus (acabou sendo chefe da Casa Civil da Presidência de JK). Aí termina a versão narrada por Luiz Alberto Bahia.
Passado quase meio século, outra versão surgiu no livro de memórias de Autran Dourado. Um trecho: “JK saiu e Schmidt se pôs a escrever. A certa altura ele me perguntou se eu achava que Juscelino era mesmo corajoso como arrotara. Eu disse achar, apesar de Benedito Valadares dizer que JK queria bancar o Tiradentes com o pescoço dos outros.” “Até que ponto?”, perguntou o poeta. Autran respondeu: “Pode escrever: Deus poupou-me o sentimento do medo.” Schmidt: “É bonita e de muito efeito. Mas será que o nosso homem a dirá?” E Autran: “Vamos ver, acho que sim, experimentemos.”
Segundo Autran Dourado em suas memórias, quando o texto foi mostrado a Juscelino, ele se sentiu inquieto com a frase e pediu para ir à casa do general Nelson de Mello, que depois seria ministro do Exército. Este também ficou incomodado ao lê-la e na mesma hora chamou sua esposa, dona Odete, para quem leu a frase. E quando ela perguntou ao marido se ele é que iria dizer a frase, o general respondeu: “Não, é o doutor Juscelino aqui.” Dona Odete pediu licença para dar alguns telefonemas a amigas, saiu e voltou meia hora depois, quando garantiu a JK: “Pode dizer; numa hora destas é preciso se mostrar homem. É o que se espera.”
Fonte de inspiração
JK, diz Autran Dourado, saiu dali e foi para a sede do PSD carioca, leu o discurso com a frase e foi ovacionado. Repetida em todas as conversas políticas, a frase tomou conta do mundo político. E acabou superando o veto militar. Juscelino elegeu-se presidente, Schmidt tornou-se um de seus principais conselheiros políticos, Álvaro Lins foi para a embaixada em Portugal e Autran Dourado assumiu a área de Comunicação da Presidência.
Mais de meio século depois, com os personagens centrais já mortos, assim como os narradores das versões divergentes do episódio, permanecem as dúvidas. Quem escreveu o texto: Augusto Frederico Schmidt, Álvaro Lins ou Autran Dourado? Quem Juscelino consultou: Benedito Valadares, os políticos mineiros ou o general Nelson de Mello? De quem foram as palavras decisivas: dos conterrâneos de JK ou da esposa do general – referendadas por ele? O que foi crucial para superar algo tão grave como um veto conjunto de setores do Exército e da Aeronáutica?
Seja como for, o episódio foi decisivo na sucessão de 1955. E agora, com Juscelino, Paulo Bittencourt, Augusto Frederico Schmidt, Álvaro Lins, o general Nelson de Mello e sua esposa, além de Luiz Alberto Bahia, já falecidos, a morte do último protagonista central – Autran Dourado – deixa pouca ou nenhuma possibilidade de esclarecer definitivamente a História, registrada na pedra em Brasília.
Faz diferença? Faz. Sempre é importante saber como se escreve ou escreveu a História, quais são as suas lições. Vivemos momentos difíceis, em termos políticos, econômicos, sociais, diante de crises muito graves em âmbito planetário ou nacional. Temos decisões complicadas a tomar em quase todas as áreas. A História e seus personagens podem ser fonte importante de inspiração.
***
[Washington Novaes é jornalista]

Historiadores chamam revista Veja de 'medíocre, pequena e mal intencionada'
Associação divulga nota de repúdio contra a revista, que chamou o historiador Eric Hobsbawm de 'idiota moral'
São Paulo – A Associação Nacional de História (Anpuh) divulgou ontem (9) nota em que “repudia veementemente” o tratamento dado pela revista Veja ao historiador Eric Hobsbawm – que o chamou de “idiota moral” na matéria sobre sua morte (ocorrida no dia 1º) publicada na edição desta semana.
Segundo a nota, trata-se de “um julgamento barato e despropositado”, que revela uma mentalidade “medíocre, pequena e mal intencionada”.
Leia a íntegra:
Resposta à Revista Veja
Na última segunda-feira, dia 1 de outubro, faleceu o historiador inglês Eric Hobsbawm. Intelectual marxista, foi responsável por vasta obra a respeito da formação do capitalismo, do nascimento da classe operária, das culturas do mundo contemporâneo, bem como das perspectivas para o pensamento de esquerda no século XXI. Hobsbawm, com uma obra dotada de rigor, criatividade e profundo conhecimento empírico dos temas que tratava, formou gerações de intelectuais. Ao lado de E. P. Thompson e Christopher Hill liderou a geração de historiadores marxistas ingleses que superaram o doutrinarismo e a ortodoxia dominantes quando do apogeu do stalinismo. Deu voz aos homens e mulheres que sequer sabiam escrever. Que sequer imaginavam que, em suas greves, motins ou mesmo festas que organizavam, estavam a fazer História. Entendeu assim, o cotidiano e as estratégias de vida daqueles milhares que viveram as agruras do desenvolvimento capitalista. Mas Hobsbawm não foi apenas um "acadêmico", no sentido de reduzir sua ação aos limites da sala de aula ou da pesquisa documental. Fiel à tradição do "intelectual" como divulgador de opiniões, desde Émile Zola, Hobsbawm defendeu teses, assinou manifestos e escolheu um lado. Empenhou-se desta forma por um mundo que considerava mais justo, mais democrático e mais humano. Claro está que, autor de obra tão diversa, nem sempre se concordará com suas afirmações, suas teses ou perspectivas de futuro. Esse é o desiderato de todo homem formulador de ideias. Como disse Hegel, a importância de um homem deve ser medida pela importância por ele adquirida no tempo em que viveu. E não há duvidas que, eivado de contradições, Hobsbawm é um dos homens mais importantes do século XX.
Eis que, no entanto, a RevistaVeja reduz o historiador à condição de "idiota moral" (cf. o texto "A imperdoável cegueira ideológica da Hobsbawm", publicado em www.veja.abril.com.br). Trata-se de um julgamento barato e despropositado a respeito de um dos maiores intelectuais do século XX. Veja desconsidera a contradição que é inerente aos homens. E se esquece do compromisso de Hobsbawm com a democracia, inclusive quando da queda dos regimes soviéticos, de sua preocupação com a paz e com o pluralismo. A Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil) repudia veementemente o tratamento desrespeitoso, irresponsável e, sim, ideológico, deste cada vez mais desacreditado veículo de informação. O tratamento desrespeitoso é dado logo no início do texto "historiador esquerdista", dito de forma pejorativa e completamente destituído de conteúdo. E é assim em toda a "análise" acerca do falecido historiador. Nós, historiadores, sabemos que os homens são lembrados com suas contradições, seus erros e seus acertos. Seguramente Hobsbawm será, inclusive, criticado por muitos de nós. E defendido por outros tantos. E ainda existirão aqueles que o verão como exemplo de um tempo dotado de ambiguidades, de certezas e dúvidas que se entrelaçam. Como historiador e como cidadão do mundo. Talvez Veja, tão empobrecida em sua análise, imagine o mundo separado em coerências absolutas: o bem e o mal. E se assim for, poderá ser ela, Veja, lembrada como de fato é: medíocre, pequena e mal intencionada.
São Paulo, 05 de outubro de 2012
Diretoria da Associação Nacional de História
ANPUH-Brasil
Gestão 2011-2013




VALE A PENA LER

Os Índios e o Brasil,
passado, presente e futuro
Assunto: História

Quem é índio no Brasil? Qual a sua situação no país? Que relação ele estabelece com o meio ambiente? Quais são as diferenças entre os índios de 1500 e os de hoje? Como eles vivem, que língua falam e onde vivem? Eles são brasileiros?
Sim, eles são brasileiros natos e originários. E estão espalhados em todos os estados do país. O antropólogo e ex-presidente da Funai Mércio Pereira Gomes responde a essas e muitas outras perguntas sobre os primeiros habitantes destas terras. Em um livro completo e atualizado, o autor mostra quem são os povos indígenas que aqui habitam, quais são as políticas indigenistas desde a colonização, revela os interesses econômicos que desafiam os índios e rebate o discurso comum ao enfatizar o ponto de vista do índio.
Valendo-se de informações preciosas para analisar e interpretar a questão do índio no Brasil, a obra revela como chegamos a uma reversão histórica na demografia indígena. Ou seja, a população indígena deixou de diminuir, como ocorria desde 1500, e está aumentando. Isso não significa, porém, que os obstáculos foram todos superados. O texto discute a história, o presente e os desafios para o futuro dos índios no Brasil.
Editora Contexto, 304 páginas, 47 reais

Já está publicada a Revista Espaço Acadêmico, nº 137, outubro de 2012
Entre os artigos, destacamos:
Fascismo. Um risco real para o mundo de hoje?
A plutocracia capitalista e a diluição da experiência ética

Um reino africano no Centro de Minas? ( Parte 1)
No início do século XVIII, surgiu mais ou menos na região centro-oeste da então Capitania de Minas Gerais, uma confederação de quilombos que, no conjunto, passou a ser conhecida como Quilombo do Rei Ambrósio, ou do Campo Grande.
Leia a matéria completa em: http://antijornalismo.blogspot.com.br/

Para quê o poder econômico compra eleições
Ladislau Dowbor descreve a colonização do Estado -- que resulta em obras viárias imensas e inúteis, ou no enriquecimento contínuo do setor financeiro. Em Carta Maior
Informática e redes na Educação: para transformar ou repetir?
Novas tecnologias podem revolucionar as formas de obter e compartilhar conhecimento. Mas ainda predomina tendência a usá-las como simulacro da escola tradicional. Por Helena Singer, no Portal Aprendiz
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Caminhos para Outro Desenvolvimento
Diante da crise ambiental e desigualdades crescentes, multiplicam-se, também no Brasil, experiências de Economia Ecológica. Como elas podem contagiar sociedade? Por Ivo Lesbaupin
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